Ao som da Rapsódia Hungara N. 02 - Franz Liszt






Rapsódia em movimento - O convite


Tímida, você? Olho em teus lábios, boca
face cor de maçã, sorriso espontâneo
Aceite, é só um movimento, venha cá
isso, sem pressa, pode rir, ode a alegria

Não se preocupe, isto, está indo bem
vê como não é difícil? Sim, as crianças
elas também dançam, todos aqui
pronto, estamos em sintonia.

Vejo teus olhos fechados, silêncio
estamos só nós dois, sinto teu pulsar
teu coração soa leve, silencia em noturnos
logo se alegra, começa a acelerar, festivo

O movimento é o mesmo, a dança é ímpar
O coração é que muda de intensidade
parece outro tema, minueto, renovemos
nosso amor ao som da inspiração

Sorrimos, já estamos íntimos, somos um
scherzo bailando a canção de circo
já não importa qual é a variação
o movimento se repete, o amor se constrói

Até a sonata infantil nos aproxima
E o salão é nosso, não importa
todos os amantes pensam o mesmo
tudo ao redor é só figuração musical

3 comentários:

Anitha disse...

Sabe que sempre que leio teus poemas-músicas-e-afins, fico naquele estado de quem adimira e não consegue pensar em uma palavra digna pra elogiar.
E sempre faz bem ler tudo o que escreve.

^^

Lorena disse...

Pois é, eu entendo bem o que a Joy quer dizer... Mas eu posso dizer uma coisa: esse poema me fez viajar, ir longe, longe... me fez dançar no pensamento, me fez sentir... De verdade.
Eu amei.

beijos

Letícia disse...

Minha nossa. Doi blogs e dois bilhetes e este eu não conhecia. Muito prazer e você está me deixando maluca, Sr. Coltrane. Mas eu continuo porque também sofro meus rompantes.

E só um músico pode escrever poema como se faz uma valsa ou harmoniza uma sinfonia.

E agora vou ao outro blog.

"Todos os amantes pensam o mesmo."

(Coltrane)

E modera aí. Eu moderei os meus tb. Estou seletiva.